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quinta-feira, 20 de maio de 2010

A Alma de Deryl

ATENÇÃO; SEI QUE É CHATO AVISAR, MAS ESTE CONTA MEU ENCONTRA-SE DEVIDAMENTE REGISTRADO EM ÓRGAO COMPETENTE NO ESTADO ONDE MORO


Hywgo acordou, finalmente, de um sono estranho e perturbador. Ele não sabia, mas já era bastante tarde quando se levantou. Ele olhou à sua volta e sentiu-se estranho e desconcertado.


Ele estava em um verdadeiro deserto de areia colorida. Sem nenhuma sombra por perto. No alto, pássaros estranhos voavam e faziam barulho, acima de sua cabeça.

Hywgo estava cada vez mais confuso, pois não sabia como veio parar naquele lugar.


Ele começou a ouvir uma estranha música, que também não se sabia de onde vinha.

A areia colorida começou a doer em seus olhos, com sua uniformidade, não haviam estradas, nem arvores, nem caminhos. Não havia vida


Hywgo estranhou porque muitos dias e noites ele atravessava aquele deserto sem fim, sem sentir fome ou sede, sequer as necessidades fisiológicas o afigiam.

Ele via sombras, pessoas que fizeram parte de sua vida e que foram embora. Ele gritava, assustado e corria para junto delas, que logo desvaneciam no ar, como fantasmas, sem lhes dar as respostas necessárias

Depois de muito caminhar naquela imensidão vazia, Hywgo encontra um lago, com águas transparentes e peixinhos multicores.

Hywgo tira sua roupa e mergulha na água.

Hywgo é alto, magro, porém atlético, tem os cabelos compridos presos num rabo de cavalo e estava descalço. Sim, Hywgo não sabia onde havia perdido os sapatos, na verdade, ele não se lembrava se os usara um dia.

Depois do banho, Hywgo sai da água convidativa e enxuga-se em suas roupas. Deita-se no chão, com olhos fechados, e tenta descobrir como sua vida toda mudou de repente, tudo de cabeça para o ar. Ele se lembra que tinha uma vida antes de amanhecer naquele deserto, mas não se lembra do que e quem ele era....

Algo muito confuso, uma tormenta de sentimentos o abate e ele começa a chorar, desesperado por estas dúvidas e perguntas

Nisso, Hywgo ouve um lamento,um suspiro. A príncipio, leve, porém, logo ouve alguém ser sacudido de um choro desesperado, bem perto de onde ele estava.

Era uma criança, 7 anos, no máximo

Uma garotinha de cabelos compridos chora à beira do lago.

De repente, ela se dá conta da presença dele e assusta-se, correndo.

Hywgo se preocupa com uma criança solitária , totalmente perdida e esquece-se de sua desdita e tenta alcançá-la

Ele alcança a criança e pergunta-lhe o seu nome

_  Meu nome é Deryl, responde a garota

- Quem são os seus pais, Deryl, o que está fazendo aqui sozinha e, finalmente, que lugar é este?

- Quem são meus pais? Pergunta a garota,que responde a indagação com um sorriso enigmático. Que lugar é este? Não sabe que lugar é este?

- Sinceramente, não sei, responde Hywgo e estou tão perdido quanto você, mas me responda, porque você está chorando?

_ Estou chorando porque minha Alma caiu no lago

Hywgo fica sem entender...(???).

- Como assim, sua alma caiu no lago?

A garota sorri pela segunda vez e Hywgo sente que nunca mais esquecerá este sorriso e fala como se fosse a coisa mais natural do mundo:

- Quando nasci, recebi um Medalhão, que sempre o trazia no pescoço, mas ele caiu na água do lago e eu não posso encontrá-lo. Neste Medalhão está resumida toda a minha Alma, por isso eu digo que a perdi, perdi a minha Alma.

Hywgo acha tudo uma loucura, mas consola a criança como pode. Tenta pegá-la no colo, mas ela se assusta novamente.


- Está bem, disse Hywgo, vou respeitar o seu momento e a sua solidão, mas vou tentar achar o seu medalhão.

Dito isto, Hywgo mergulha novamente no lago

Passa-se muito tempo e ele volta à tona com o medalhão na garota em suas mãos.

A menina dá um grito de felicidade e atira-se nos seus braços, cobrindo-o de beijos.

Hywgo põe o medalhão na menina e a volta tudo se transforma

Onde antes era areia colorida surge um canteiro com lindas flores, árvores frutíferas, não se sabe da onde, surgem no solo e, mais adiante, Hywgo avista uma estrada, que não existia anteriormente

Hywgo dá mão a pequena Deryl e ambos caminham, da mãos dadas, nesta estrada que antes era desconhecida, procurando saber o rumo que ela vai tomar.

Aqui e ali, alguns animais silvestres, os primeiros que ele vira, com exceção daquelas aves estranhas, que mais pareciam animais predadores. Um ninho de uma Águia, sem os filhotes, chama a sua atenção, pois ele não consegue ver nenhuma montanha por perto, que seria um habitat natural dessas aves.


A menina encanta-se com o ninho e o carrega junto a si.

Cai a noite. Hywgo faz a menina adormecer em seus braços, tentando entender de onde a conhecia e como veio parar ao seu lado. O seu coração frame de imenso amor, como se sua alma estivesse naquele pequeno corpo adormecido no seu colo.

Ele escuta uivos de animais noturnos ameaçadores e saí, com a menina nos braços, à procura de um abrigo seguro.


Ele encontra uma velha cabana abandonada. Entra, a porta range com um barulho estranho. A criança, em seus braços, remexe-se no sono, mas ele logo a acalma com meiguices.

Em um canto, havia uma velha roca, uma cadeira empoeirada e um album.

Curioso, Hywgo folheia o álbum. Trata-se de um álbum de recortes e fotografias antigas, onde mostra uma linda jovem, noiva de um cavalheiro, no que parecia ser um casamento real.

Hywgo, de repente, assusta-se com as imagens.

Ele vê, claramente, na figura do cavalheiro, o próprio rosto , e na jovem sorridente, ele se dá conta que é uma versão adulta da criança adormecida. Para seu maior espanto, ele reconhece o medalhão da menininha no colo da noiva sorridente

Ele sente uma vertigem e desmaia no mesmo chão empoeirado da cabana.

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Ele acorda e vê que está em um descampado muito semelhante ao deserto onde havia acordado, porém existem mais pessoas perto dele e ele está na sombra de uma grande árvore.


Nisso, uma voz suave e bem feminina ecoa logo em cima de sua cabeça

Ele reconhece o rosto sorridente da jovem em cujo colo ele estava deitado, sua amada Deryl

--- Oh, meu amado, graças a Deus você acordou. Você havia desmaiado quando tropeçou numa pedra do lago, onde resgatou o belo medalhão que você me deu e que havia caído no fundo do lago. Graças a Deus, amado meu, você despertou, senão eu perderia metade da minha alma.......

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